Sem ti nos meus braços, sinto um vazio na alma. Dou por mim à procura do teu rosto no meio das multidões – sei que é impossível, mas não consigo conter-me. A minha procura por ti é uma busca interminável destinada ao fracasso.
Por vezes a minha dor é esmagadora, e embora compreenda que nunca mais nos voltaremos a ver, há uma parte de mim que quer agarrar-se a ti para sempre.
Talvez um dia eu consiga entender aquilo que aconteceu connosco e enquanto não atingir esse meu desejo de perceber tudo, vou recordar as coisas boas e tentar não pensar nas más.
Vou tentar pensar, em quando andávamos os dois de mãos dadas por Coimbra sem rumo, pensar em quando me enchias de beijos, ou me fazias cócegas na barriga. Pensar nas nossas tardes no Toledo a rir, a falar, aos beijinhos aqui e ali, pensar nos teus miminhos. Pensar naquela visita de estudo em que me ia metendo em sarilhos cómicos e em que nos desmanchámos a rir, pensar em quando deitei a cabeça no teu colo e tu mandavas calar toda a gente que entrava para eu descansar. Vou tentar relembrar cada segundo que te amei. Vou tentar guardar o cheiro da rosa por ti oferecida, numa noite cheia de promessas que nunca irão ser cumpridas. Vou tentar guardar-te a ti. Guardar cada sorriso nosso, cada beijo, cada suspiro, cada “amo-te”, cada olhar perdido que me dirigias nas aulas. Cada abraço, cada palavra tua. Vou tentar mesmo, não te esquecer, não esquecer o teu jeito, a tua voz, o teu cheiro, o toque das tuas mãos. E nunca me vou esquecer daquela tarde no parque da cidade em que te disse “agora eu sei, agora tenho a certeza que vamos estar para sempre juntos” ao qual me respondeste com um abraço e um “eu também sei disso”. Na verdade eu vou estar sempre ligada a ti e tu a mim, Tu vais estar ligado a mim como a primeira pessoa a quem dei tudo o que de bom tenho dentro de mim e eu vou estar sempre ligada a ti, como a pessoa que mais te amou na tua vida. Porque tu nunca irás ter alguém que te irá querer como eu te quis a ti ou amar-te como eu te amei a ti.
E por tudo de maravilhoso que me deste, vou tentar não te esquecer. Mas com a certeza que nunca irei voltar a estar nos teus braços, não voltarei a sentir vontade de lutar por ti.
É verdade que nos perdemos para sempre um do outro, mas também é verdade – ambos sabemos disso – que estaremos sempre num cantinho apertado do nosso coração. Até porque sei que gostaste de mim e sei que em tempos fomos muito, muito felizes. Nunca ninguém irá compreender aquilo que senti por ti. Mesmo ninguém.
Enfim... foste a melhor e a pior coisa da minha vida. É estranho, mas é a realidade.
Não te vou esquecer, vou-te guardar, mas... vou me despedir de ti. Os meses vão passando e a nossa história está cada vez mais distante, cada vez mais, ela se esconde no passado. E chegou a altura de dizer adeus e desta vez é que é mesmo adeus. Para sempre.
Adeus.
sexta-feira, 30 de setembro de 2005
As palavras que nunca te direi.
«Onde estás tu? E por que razão, interrogo-me sentado sozinho numa casa escurecida, fomos forçados a separar-nos?
Não conheço as respostas para estas perguntas, por mais que me esforce por compreender. A razão é evidente, mas a minha mente obriga-me a rejeitá-la e sou atormentado pela ansiedade durante todas as minhas horas de vigília. Sinto-me perdido sem ti. Sinto-me sem alma, um vagabundo sem casa, um pássaro solitário em voo para lado nenhum. Sinto todas essas coisas, e não sou absolutamente nada. Esta, meu amor, é a minha vida sem ti. Anseio por que tu me mostres como viver de novo. (...)
Penso em ti, sonho contigo, invoco-te quando mais preciso de ti. É tudo o que posso fazer, mas para mim não é o suficiente. Nunca será o suficiente, eu sei isso, mas que mais me resta fazer? (...)
Tu sempre soubeste como fazer para que eu me sentisse bem por dentro. (...)
É possível que saibas como eu me sinto sem ti?»
Excerto do livro “As palavras que nunca te direi”
Onde estás tu?...
Não conheço as respostas para estas perguntas, por mais que me esforce por compreender. A razão é evidente, mas a minha mente obriga-me a rejeitá-la e sou atormentado pela ansiedade durante todas as minhas horas de vigília. Sinto-me perdido sem ti. Sinto-me sem alma, um vagabundo sem casa, um pássaro solitário em voo para lado nenhum. Sinto todas essas coisas, e não sou absolutamente nada. Esta, meu amor, é a minha vida sem ti. Anseio por que tu me mostres como viver de novo. (...)
Penso em ti, sonho contigo, invoco-te quando mais preciso de ti. É tudo o que posso fazer, mas para mim não é o suficiente. Nunca será o suficiente, eu sei isso, mas que mais me resta fazer? (...)
Tu sempre soubeste como fazer para que eu me sentisse bem por dentro. (...)
É possível que saibas como eu me sinto sem ti?»
Excerto do livro “As palavras que nunca te direi”
Onde estás tu?...
quinta-feira, 29 de setembro de 2005
Wake me up when september ends.
Summer has come and passed
The innocent can never last
wake me up when september ends
like my fathers come to pass
seven years has gone so fast
wake me up when september ends
Here comes the rain again
falling from the stars
drenched in my pain again
becoming who we are
as my memory rests
but never forgets what I lost
wake me up when september ends
Summer has come and passed
the innocent can never last
wake me up when september ends
Ring out the bells again
like we did when spring began
wake me up when september ends
Here comes the rain again
falling from the stars
drenched in my pain again
becoming who we are
as my memory rests
but never forgets what I lost
wake me up when september ends
Summer has come and passed
The innocent can never last
wake me up when september ends
Like my fathers come to pass
Twenty years has gone so fast
wake me up when september ends
wake me up when september ends
wake me up when september ends
Green Day
The innocent can never last
wake me up when september ends
like my fathers come to pass
seven years has gone so fast
wake me up when september ends
Here comes the rain again
falling from the stars
drenched in my pain again
becoming who we are
as my memory rests
but never forgets what I lost
wake me up when september ends
Summer has come and passed
the innocent can never last
wake me up when september ends
Ring out the bells again
like we did when spring began
wake me up when september ends
Here comes the rain again
falling from the stars
drenched in my pain again
becoming who we are
as my memory rests
but never forgets what I lost
wake me up when september ends
Summer has come and passed
The innocent can never last
wake me up when september ends
Like my fathers come to pass
Twenty years has gone so fast
wake me up when september ends
wake me up when september ends
wake me up when september ends
Green Day
quarta-feira, 28 de setembro de 2005
Só sei que nada sei.
Estou tão triste que me falta o chão para conseguir manter-me em pé, e resistir a esta dor que tenho dentro do meu peito! O pior é que não sei aquilo que se passa, ou sei, ou não sei... estou confusa. Sei que tenho medo, sei que me sinto insegura... sei que me sinto sozinha.
Quando o sol brilha no céu azul e estou rodeada de sorrisos de rostos queridos, eu sinto-me bem, sinto-me protegida. Mas quando a noite chega, quando a noite cai... percebo a verdadeira realidade. A minha realidade. Choro, choro tanto para mim mesma! Choro com vontade de arrancar a mágoa no meu peito, ou mesmo o ódio acumulado por pessoas más que passaram na minha vida, mas não consigo. A mágoa e o ódio estão cá dentro e sinto-me triste.
Dizem-me sempre “vais ser feliz, vai chegar o teu dia”. Mas eu não consigo agarrar esse dia, não sei procurar essa felicidade, e só sei que a cada dia que passa tudo se vai escapando das minhas mãos. Vivo num tormento muito apertado, e não me consigo libertar disso.Queria apenas (mas nem isso eu consigo)... paz!!!
Quando o sol brilha no céu azul e estou rodeada de sorrisos de rostos queridos, eu sinto-me bem, sinto-me protegida. Mas quando a noite chega, quando a noite cai... percebo a verdadeira realidade. A minha realidade. Choro, choro tanto para mim mesma! Choro com vontade de arrancar a mágoa no meu peito, ou mesmo o ódio acumulado por pessoas más que passaram na minha vida, mas não consigo. A mágoa e o ódio estão cá dentro e sinto-me triste.
Dizem-me sempre “vais ser feliz, vai chegar o teu dia”. Mas eu não consigo agarrar esse dia, não sei procurar essa felicidade, e só sei que a cada dia que passa tudo se vai escapando das minhas mãos. Vivo num tormento muito apertado, e não me consigo libertar disso.Queria apenas (mas nem isso eu consigo)... paz!!!
terça-feira, 27 de setembro de 2005
A lista dos beijinhos*
- Beijos mágicos;
- Beijos loucos;
- Beijos longinquos;
- Beijos longinquos de prazer;
- Beijos eternos de doçuras;
- Beijos pequeninos (ou minusculos);
- Beijos divinais;
- Beijos com efeitos especiais;
- Beijos húmidos;
- Beijos anorécticos;
- Beijos gordos;
Muito, muito à frente... :)*
- Beijos loucos;
- Beijos longinquos;
- Beijos longinquos de prazer;
- Beijos eternos de doçuras;
- Beijos pequeninos (ou minusculos);
- Beijos divinais;
- Beijos com efeitos especiais;
- Beijos húmidos;
- Beijos anorécticos;
- Beijos gordos;
Muito, muito à frente... :)*
O mundo está nas nossas mãos?
"O mundo está nas vossas mãos, só não é feliz quem não quer", foi mais ou menos isto que ouvi quando estava perdida nos meus pensamentos. Ri-me com aquela frase, tentei pensar naquela frase, tentei reflectir naquelas palavras. Enfim... tentei acreditar que aquilo seria possivel. Mas nesse mesmo dia em que ouvi aquelas palavras "mágicas", cheguei a minha casa e tinha a casa vandalizada... fomos assaltados. O desespero no rosto da minha mãe, a fúria nos olhos do meu irmão, a frustração num sorriso forçado que o meu pai me fez para me tentar acalmar. O que era aquela visão? Era a felicidade que me estava nas mãos? Muito pelo contrário, era a tristeza da realidade em que vivemos.
E agora penso...
Se o mundo está nas minhas mãos, porque é que sou confrontada com uma violência assustadora?
Se o mundo está nas minhas mãos, porque é que existem coisas tão más?...
Não existe a perfeição, não temos o mundo nas nossas mãos... isso para mim é uma ilusão do mais puro sonhador. Até posso estar a ser cruel, até posso estar a dramatizar as coisas mas a verdade é que foi a realidade que me mostrou isto. Nada é perfeito.
E tenho muita pena por pensar assim, mas é aquilo que sinto.
É com isto que vivo todos os dias...
E agora penso...
Se o mundo está nas minhas mãos, porque é que sou confrontada com uma violência assustadora?
Se o mundo está nas minhas mãos, porque é que existem coisas tão más?...
Não existe a perfeição, não temos o mundo nas nossas mãos... isso para mim é uma ilusão do mais puro sonhador. Até posso estar a ser cruel, até posso estar a dramatizar as coisas mas a verdade é que foi a realidade que me mostrou isto. Nada é perfeito.
E tenho muita pena por pensar assim, mas é aquilo que sinto.
É com isto que vivo todos os dias...
sexta-feira, 23 de setembro de 2005
Ontem...
Ontem precisei de ti. Com qualquer sorriso, com qualquer humor, mas queria-te ali comigo ontem... À tua maneira, fosse ela qual fosse, mas tu não estavas lá.
Nunca estás...
Nunca estás...
Acabou-se.
Acabou-se o sonho, acabou-se a ilusão, acabou-se a vontade de lutar. Escapou-se da minha mão a vontade de te amar, de te querer comigo.
Nunca irás compreender, pois não? Não.
Sinto que chegou a altura de dizer basta, e seguir com as coisas em frente. Sinceramente, queria tudo diferente. Mas não dá.
Acabou-se.
Ou ainda não é desta?
Nunca irás compreender, pois não? Não.
Sinto que chegou a altura de dizer basta, e seguir com as coisas em frente. Sinceramente, queria tudo diferente. Mas não dá.
Acabou-se.
Ou ainda não é desta?
Eternidade.
“A vida passa lá fora;
Ou na pressa de uma roda,
Ou na altura de uma asa,
Ou na paz de uma cantiga;
E vem guardar-se num verso
Que eu talvez diga amanhã.”
Miguel Torga
Ou na pressa de uma roda,
Ou na altura de uma asa,
Ou na paz de uma cantiga;
E vem guardar-se num verso
Que eu talvez diga amanhã.”
Miguel Torga
quinta-feira, 22 de setembro de 2005
Estou aqui :)*
Não consigo dizer adeus.
Não vou poder escrever todos os dias mas não vou abandonar por completo este meu cantinho.
Não vou poder escrever todos os dias mas não vou abandonar por completo este meu cantinho.
quinta-feira, 8 de setembro de 2005
Adeus.
Acho que vou ter que me despedir deste cantinho. Um cantinho muito meu, mas que por motivos caseiros (é aquela tal coisa, internet... muito dinheiro), vou ter que o deixar. Custa um bocado porque até gosto de escrever aqui e de deixar pedaços meus aqui para partilhar com os meus amigos.
Tenho pena, mas tenho mesmo.
Uma coisa de realçar: a minha gata (a terceira e espero que última) veio hoje para minha casa.
Tão querida mas tão "monstrinha" :)*
Tenho pena, mas tenho mesmo.
Uma coisa de realçar: a minha gata (a terceira e espero que última) veio hoje para minha casa.
Tão querida mas tão "monstrinha" :)*
quarta-feira, 7 de setembro de 2005
A história do Amor.
Contam que, uma vez, se reuniram os sentimentos e as qualidades dos homens em um lugar da terra.
Quando o ABORRECIMENTO havia reclamado pela terceira vez, a LOUCURA, como sempre tão louca, lhes propôs:
- Vamos brincar às escondidas?
A INTRIGA levantou a sobrancelha intrigada e a CURIOSIDADE, sem poder se conter, perguntou:
- Escondidas? Como é isso?
- É um jogo – explicou a LOUCURA – em que eu fecho os olhos e começo a contar de um a um milhão enquanto vocês se escondem, e quando eu tiver terminado de contar, o primeiro de vocês que eu encontrar ocupará o meu lugar para continuar o jogo.
O ENTUSIASMO dançou seguido pela EUFORIA. A ALEGRIA deu tantos saltos que acabou convencendo a DÚVIDA e até mesmo a APATIA, que nunca se interessava por nada.
Mas nem todos quiseram participar.
A VERDADE preferiu não se esconder, para quê? Se no final todos a encontravam?
A SOBERBA opinou que era um jogo muito tonto (no fundo o que a incomodava era que a ideia não tivesse sido dela) e a COBARDIA preferiu não arriscar-se.
- Um, dois, três, quatro... – começou a contar a LOUCURA.
A primeira a esconder-se foi a PRESSA, que como sempre caiu atrás da primeira pedra do caminho.
A FÉ subiu ao céu e a INVEJA escondeu-se atrás da sombra do TRIUNFO, que com seu próprio esforço, tinha conseguido subir na copa da árvore mais alta.
A GENEROSIDADE, quase não se consegue esconder, pois cada local que encontrava lhe parecia maravilhoso para algum dos seus amigos – se era um lago cristalino, ideal para a BELEZA; se era a copa de uma árvore, perfeito para a TIMIDEZ; se era o voo de uma borboleta, o melhor para a VOLÚPIA; se era uma rajada de vento, magnífico para a LIBERDADE. E assim, acabou se escondendo num raio de sol.
O EGOÍSMO, ao contrário, encontrou um lugar muito bom desde o início. Ventilado, cómodo, mas apenas para ele.
A MENTIRA escondeu-se no fundo do oceano (mentira, na realidade, escondeu-se atrás do arco-íris), e a PAIXÃO e o DESEJO, no centro dos vulcões.
O ESQUECIMENTO, não me recordo onde se escondeu, mas isso não é o mais importante.
Quando a LOUCURA estava lá pelo 999.999, o AMOR ainda não havia encontrado um local para se esconder, pois todos já estavam ocupados, até que encontrou um roseiral e, carinhosamente, decidiu esconder-se entre as suas flores.
- Um milhão! – contou a LOUCURA, e começou a sua busca.
A primeira a aparecer foi a PRESSA, apenas a três passos de uma pedra. Depois, escutou-se a FÉ a discutir com Deus no céu sobre zoologia.
Sentiu-se vibrar a PAIXÃO e o DESEJO nos vulcões.
Num descuido encontrou a INVEJA, e claro, pode deduzir onde estava o TRIUNFO.
O EGOÍSMO, não teve nem que procurá-lo. Ele sozinho saiu disparado do seu esconderijo, que na verdade era um ninho de vespas.
De tanto caminhar, a LOUCURA sentiu sede, e ao aproximar-se de um lago encontrou a BELEZA.
A DÚVIDA foi mais fácil ainda, pois encontrou-a sentada sobre uma cerca sem decidir em que lado se esconder.
E assim foi encontrando todos.
O TALENTO entre a erva fresca; a ANGÚSTIA numa cova escura;
A MENTIRA atrás do arco-íris (mentira, estava no fundo do oceano); e até o ESQUECIMENTO, a quem já havia esquecido que estava a brincar às escondidas.
Apenas o AMOR não aparecia em nenhum lugar. A LOUCURA, procurou atrás de cada árvore, em baixo de cada rocha do planeta, e em cima das montanhas.
Quando estava a ponto de desistir, encontrou um roseiral. Pegou numa forquilha e começou a mover os ramos, quando no mesmo instante, ouviu-se um grito doloroso.
Os espinhos tinham ferido o AMOR nos olhos.
A LOUCURA não sabia o que fazer para se desculpar, chorou, rezou, implorou, pediu perdão e até prometeu ser seu guia.
Desde então, desde que pela primeira vez se jogou às escondidas na terra: o AMOR é cego e a LOUCURA sempre o acompanha.
Quando o ABORRECIMENTO havia reclamado pela terceira vez, a LOUCURA, como sempre tão louca, lhes propôs:
- Vamos brincar às escondidas?
A INTRIGA levantou a sobrancelha intrigada e a CURIOSIDADE, sem poder se conter, perguntou:
- Escondidas? Como é isso?
- É um jogo – explicou a LOUCURA – em que eu fecho os olhos e começo a contar de um a um milhão enquanto vocês se escondem, e quando eu tiver terminado de contar, o primeiro de vocês que eu encontrar ocupará o meu lugar para continuar o jogo.
O ENTUSIASMO dançou seguido pela EUFORIA. A ALEGRIA deu tantos saltos que acabou convencendo a DÚVIDA e até mesmo a APATIA, que nunca se interessava por nada.
Mas nem todos quiseram participar.
A VERDADE preferiu não se esconder, para quê? Se no final todos a encontravam?
A SOBERBA opinou que era um jogo muito tonto (no fundo o que a incomodava era que a ideia não tivesse sido dela) e a COBARDIA preferiu não arriscar-se.
- Um, dois, três, quatro... – começou a contar a LOUCURA.
A primeira a esconder-se foi a PRESSA, que como sempre caiu atrás da primeira pedra do caminho.
A FÉ subiu ao céu e a INVEJA escondeu-se atrás da sombra do TRIUNFO, que com seu próprio esforço, tinha conseguido subir na copa da árvore mais alta.
A GENEROSIDADE, quase não se consegue esconder, pois cada local que encontrava lhe parecia maravilhoso para algum dos seus amigos – se era um lago cristalino, ideal para a BELEZA; se era a copa de uma árvore, perfeito para a TIMIDEZ; se era o voo de uma borboleta, o melhor para a VOLÚPIA; se era uma rajada de vento, magnífico para a LIBERDADE. E assim, acabou se escondendo num raio de sol.
O EGOÍSMO, ao contrário, encontrou um lugar muito bom desde o início. Ventilado, cómodo, mas apenas para ele.
A MENTIRA escondeu-se no fundo do oceano (mentira, na realidade, escondeu-se atrás do arco-íris), e a PAIXÃO e o DESEJO, no centro dos vulcões.
O ESQUECIMENTO, não me recordo onde se escondeu, mas isso não é o mais importante.
Quando a LOUCURA estava lá pelo 999.999, o AMOR ainda não havia encontrado um local para se esconder, pois todos já estavam ocupados, até que encontrou um roseiral e, carinhosamente, decidiu esconder-se entre as suas flores.
- Um milhão! – contou a LOUCURA, e começou a sua busca.
A primeira a aparecer foi a PRESSA, apenas a três passos de uma pedra. Depois, escutou-se a FÉ a discutir com Deus no céu sobre zoologia.
Sentiu-se vibrar a PAIXÃO e o DESEJO nos vulcões.
Num descuido encontrou a INVEJA, e claro, pode deduzir onde estava o TRIUNFO.
O EGOÍSMO, não teve nem que procurá-lo. Ele sozinho saiu disparado do seu esconderijo, que na verdade era um ninho de vespas.
De tanto caminhar, a LOUCURA sentiu sede, e ao aproximar-se de um lago encontrou a BELEZA.
A DÚVIDA foi mais fácil ainda, pois encontrou-a sentada sobre uma cerca sem decidir em que lado se esconder.
E assim foi encontrando todos.
O TALENTO entre a erva fresca; a ANGÚSTIA numa cova escura;
A MENTIRA atrás do arco-íris (mentira, estava no fundo do oceano); e até o ESQUECIMENTO, a quem já havia esquecido que estava a brincar às escondidas.
Apenas o AMOR não aparecia em nenhum lugar. A LOUCURA, procurou atrás de cada árvore, em baixo de cada rocha do planeta, e em cima das montanhas.
Quando estava a ponto de desistir, encontrou um roseiral. Pegou numa forquilha e começou a mover os ramos, quando no mesmo instante, ouviu-se um grito doloroso.
Os espinhos tinham ferido o AMOR nos olhos.
A LOUCURA não sabia o que fazer para se desculpar, chorou, rezou, implorou, pediu perdão e até prometeu ser seu guia.
Desde então, desde que pela primeira vez se jogou às escondidas na terra: o AMOR é cego e a LOUCURA sempre o acompanha.
terça-feira, 6 de setembro de 2005
Velha infância
"Você é assim, um sonho para mim e quando eu não te vejo
Eu penso em você desde o amanhecer até quando eu me deito
Eu gosto de você e gosto de ficar com você
Meu riso é tão feliz contigo
O meu melhor amigo é o meu amor
E a gente canta e a gente dança, a gente não se cansa
De ser criança, a gente brinca na nossa velha infância
Seus olhos me amparam, me guiam dentro da escuridão
Seus pés me abrem o caminho
Eu sigo e nunca me sinto só
Você é assim, um sonho para mim
quero-te encher de beijos
Eu penso em você desde o amanhecer até quando eu me deito
Eu gosto de você e gosto de ficar com você
Meu riso é tão feliz contigo
O meu melhor amigo é o meu amor
E a gente canta e a gente dança, a gente não se cansa
De ser criança, a gente brinca na nossa velha infância
Seus olhos me amparam, me guiam dentro da escuridão
Seus pés me abrem o caminho
Eu sigo e nunca me sinto só
Você é assim, um sonho para mim, você é assim
Você é assim, um sonho para mim, você é assim... "
Tribalistas
Esta música eu escrevo-a aqui para dedicar com muito carinho...
...ao meu primeiro amor:)*
Eu penso em você desde o amanhecer até quando eu me deito
Eu gosto de você e gosto de ficar com você
Meu riso é tão feliz contigo
O meu melhor amigo é o meu amor
E a gente canta e a gente dança, a gente não se cansa
De ser criança, a gente brinca na nossa velha infância
Seus olhos me amparam, me guiam dentro da escuridão
Seus pés me abrem o caminho
Eu sigo e nunca me sinto só
Você é assim, um sonho para mim
quero-te encher de beijos
Eu penso em você desde o amanhecer até quando eu me deito
Eu gosto de você e gosto de ficar com você
Meu riso é tão feliz contigo
O meu melhor amigo é o meu amor
E a gente canta e a gente dança, a gente não se cansa
De ser criança, a gente brinca na nossa velha infância
Seus olhos me amparam, me guiam dentro da escuridão
Seus pés me abrem o caminho
Eu sigo e nunca me sinto só
Você é assim, um sonho para mim, você é assim
Você é assim, um sonho para mim, você é assim... "
Tribalistas
Esta música eu escrevo-a aqui para dedicar com muito carinho...
...ao meu primeiro amor:)*
Obrigado!
"Vive intensamente nem que depois te faça chorar"
Estas palavras são doces para a minha alma. Acho que são a resposta que eu confusa andava a tentar encontrar.
Obrigado Rita :)
Estas palavras são doces para a minha alma. Acho que são a resposta que eu confusa andava a tentar encontrar.
Obrigado Rita :)
segunda-feira, 5 de setembro de 2005
Delírio.
Ainda estou a delirar com os momentos vividos de ontem. Ainda não consigo acreditar no que aconteceu ("não acredito nisto").
Ontem fiz uma grande viagem, o destino foi o céu, o destino foi o abraço de um anjo. De um anjo que me faz sorrir pelo simples facto de existir. Mais uma vez, não estava nos meus planos, não... não estava a espera daquilo. Não sabia que a voz dele ia-me sussurrar aquele pedido doce de me envolver nos beijos dele. Não sabia que ia voltar a estar perdida naquele corpo. Hoje acordei com a sensação de ter deixado a minha alma nas mãos daquele anjo.
Mas agora... agora que penso nele com mais clareza sinto que tenho de voltar a recuperar a minha alma, sinto que tenho de deixar o céu e arrastar-me para a realidade. Simplesmente porque... dói demais saber que gosto dele.
Sim, tenho vontade de lutar por ele, porque nele... para mim, é tudo mais que perfeito.
Mas... mas não sei.
Estou feliz, não nego. Mas não sei se isto é bom para mim.
Acho que não consigo pensar mais nisto, por enquanto. Apenas porque estou em delírio!!!
Ontem fiz uma grande viagem, o destino foi o céu, o destino foi o abraço de um anjo. De um anjo que me faz sorrir pelo simples facto de existir. Mais uma vez, não estava nos meus planos, não... não estava a espera daquilo. Não sabia que a voz dele ia-me sussurrar aquele pedido doce de me envolver nos beijos dele. Não sabia que ia voltar a estar perdida naquele corpo. Hoje acordei com a sensação de ter deixado a minha alma nas mãos daquele anjo.
Mas agora... agora que penso nele com mais clareza sinto que tenho de voltar a recuperar a minha alma, sinto que tenho de deixar o céu e arrastar-me para a realidade. Simplesmente porque... dói demais saber que gosto dele.
Sim, tenho vontade de lutar por ele, porque nele... para mim, é tudo mais que perfeito.
Mas... mas não sei.
Estou feliz, não nego. Mas não sei se isto é bom para mim.
Acho que não consigo pensar mais nisto, por enquanto. Apenas porque estou em delírio!!!
domingo, 4 de setembro de 2005
sábado, 3 de setembro de 2005
Hoje 3 de Setembro fazem vinte e sete anos de casados. Todas as dificuldades (que sao muitas, eu sei) sao sempre superadas quando ha um sentimento tao bonito como o que ha entre voces. Parabens. Ah... e parabens tambem por terem tido uma menina tao linda como eu e um feio como o meu irmao. :) brincadeirinha... Parabens aos meus pais.
sexta-feira, 2 de setembro de 2005
Ao remexer em uns papéis, revi palavras que escrevi. Palavras essas que falam sobre mim. Sobre dias, momentos bons e maus.
Ao ler essas palavras deu-me vontade de rescrevê-las aqui no meu cantinho.
Bocados de mim, em tempos que já pertencem ao passado, mas tempos esses que me vão marcar para sempre.
« 23, Fevereiro, quarta-feira 2005
17:51h – Preciso meditar bem na minha vida! Hoje estou muito pensativa, naquilo que vale ou não a pena, naquilo que devo ou não fazer... Não sei nem uma coisa nem outra. Sei que estou triste, sei que não estou satisfeita com o rumo que a minha vida está a levar, mas também não sei o que fazer para colocar bem as coisas! Como a Libas disse dela própria “ando perdida, tenho a minha cabeça perdida”. É, eu também acho que me sinto assim... Sinto um grande vazio dentro de mim! É um buraco e não sei como “tapá-lo”!! Sei aquilo que quero, mas acho que não vou conseguir... Estou a passar uma fase tão... chata?... (...)
A única coisa que me distrai um pouco é o pessoal da José Falcão, (...) fiz lá amigos maravilhosos! (...)
Estou mesmo triste.
21:18h – Não sei o que fazer! Estou na cama (ao menos estou ao quentinho), não tenho nada para fazer. Tenho que estudar mas é que não me apetece...
Ah... o Telmo mandou-me dois yorns. »
« 01, Março, terça-feira 2005
20:56h – Hoje sinto-me a pessoa mais estúpida, mais triste, mais sei lá o quê... As coisas com o Telmo estão a piorar, sinto o fim muito próximo, talvez fosse o melhor porque não aguento as coisas assim. (...) O que sinto é que ele não confia em mim. Sinto-me tão mal com estas coisas. (...) Quero mandar-lhe uma mensagem mas não consigo! Só estou a chorar... que raiva! Sinto-me tão triste... Já me disseram para o esquecer. Talvez fosse o melhor, mas é tão impossivel. Sinto que sou um monte de lixo. Nada na minha vida faz sentido. (...) Estou farta desta merda toda. É duro saber que a pessoa que amamos não confia em nós. Talvez um dia ele me dê o valor que eu mereço. Não sou maravilhosa, mas sou a pessoa que mais o ama, que mais lhe quer bem, que quando mais ele precisa apoia-o! Depois de tanta merda, estou sempre de braços abertos e há mínima coisa (que nem sei o que é) despreza-me... Estou a ficar cansada disto. (...)
Acho que não vou aguentar muito mais... está tudo a passar dos meus limites. »
« 02, Março, quarta-feira 2005
20:46 – (...) Hoje fiz teste de Português, e o texto falava de ilusão, quase que me punha lá a chorar, a pensar que a minha vida sim é uma grande ilusão. A qualquer momento desfaço-me em lágrimas... (...) »
« 14, Março, segunda-feira 2005
20:28h – Estou toda “podre”! Estou tão em baixo, que tenho a sensação que não me vou aguentar muito mais tempo. (...) Não mereço isto, não mereço... Gosto mesmo dele, o que faço com este amor que tenho dentro do peito??
Já não me aguento mais.
Vou estudar filosofia... »
« 20, Março, domingo 2005
21:00h – Já não escrevia há alguns dias. Mas é que esta última semana foi muito má. (...) O meu tio morreu e foi horrível e está a ser. Eu ando tão triste que já nem me reconheço a mim mesma. (...) Estou destroçada e muito cansada de tudo isto.»
« 21, Março, segunda 2005
23:44h – Sinto-me um lixo! Nunca passei por uma cena assim... estou mesmo mal! E o pior é que isto já não se resume ao Telmo, resume-se a toda a minha vida... »
Ao ler essas palavras deu-me vontade de rescrevê-las aqui no meu cantinho.
Bocados de mim, em tempos que já pertencem ao passado, mas tempos esses que me vão marcar para sempre.
« 23, Fevereiro, quarta-feira 2005
17:51h – Preciso meditar bem na minha vida! Hoje estou muito pensativa, naquilo que vale ou não a pena, naquilo que devo ou não fazer... Não sei nem uma coisa nem outra. Sei que estou triste, sei que não estou satisfeita com o rumo que a minha vida está a levar, mas também não sei o que fazer para colocar bem as coisas! Como a Libas disse dela própria “ando perdida, tenho a minha cabeça perdida”. É, eu também acho que me sinto assim... Sinto um grande vazio dentro de mim! É um buraco e não sei como “tapá-lo”!! Sei aquilo que quero, mas acho que não vou conseguir... Estou a passar uma fase tão... chata?... (...)
A única coisa que me distrai um pouco é o pessoal da José Falcão, (...) fiz lá amigos maravilhosos! (...)
Estou mesmo triste.
21:18h – Não sei o que fazer! Estou na cama (ao menos estou ao quentinho), não tenho nada para fazer. Tenho que estudar mas é que não me apetece...
Ah... o Telmo mandou-me dois yorns. »
« 01, Março, terça-feira 2005
20:56h – Hoje sinto-me a pessoa mais estúpida, mais triste, mais sei lá o quê... As coisas com o Telmo estão a piorar, sinto o fim muito próximo, talvez fosse o melhor porque não aguento as coisas assim. (...) O que sinto é que ele não confia em mim. Sinto-me tão mal com estas coisas. (...) Quero mandar-lhe uma mensagem mas não consigo! Só estou a chorar... que raiva! Sinto-me tão triste... Já me disseram para o esquecer. Talvez fosse o melhor, mas é tão impossivel. Sinto que sou um monte de lixo. Nada na minha vida faz sentido. (...) Estou farta desta merda toda. É duro saber que a pessoa que amamos não confia em nós. Talvez um dia ele me dê o valor que eu mereço. Não sou maravilhosa, mas sou a pessoa que mais o ama, que mais lhe quer bem, que quando mais ele precisa apoia-o! Depois de tanta merda, estou sempre de braços abertos e há mínima coisa (que nem sei o que é) despreza-me... Estou a ficar cansada disto. (...)
Acho que não vou aguentar muito mais... está tudo a passar dos meus limites. »
« 02, Março, quarta-feira 2005
20:46 – (...) Hoje fiz teste de Português, e o texto falava de ilusão, quase que me punha lá a chorar, a pensar que a minha vida sim é uma grande ilusão. A qualquer momento desfaço-me em lágrimas... (...) »
« 14, Março, segunda-feira 2005
20:28h – Estou toda “podre”! Estou tão em baixo, que tenho a sensação que não me vou aguentar muito mais tempo. (...) Não mereço isto, não mereço... Gosto mesmo dele, o que faço com este amor que tenho dentro do peito??
Já não me aguento mais.
Vou estudar filosofia... »
« 20, Março, domingo 2005
21:00h – Já não escrevia há alguns dias. Mas é que esta última semana foi muito má. (...) O meu tio morreu e foi horrível e está a ser. Eu ando tão triste que já nem me reconheço a mim mesma. (...) Estou destroçada e muito cansada de tudo isto.»
« 21, Março, segunda 2005
23:44h – Sinto-me um lixo! Nunca passei por uma cena assim... estou mesmo mal! E o pior é que isto já não se resume ao Telmo, resume-se a toda a minha vida... »
Subscrever:
Mensagens (Atom)