sábado, 20 de maio de 2006

Dependências.


Eu: Tenho que me ir embora.

Tu: Eu sei, mas não quero deixar-te ir.

Eu: Larga a minha mão já, se não é pior.

Tu: Não.

Eu: Assim vamo-nos agarrar demais. Deixa, a sério.

Tu: Não.



Bem te avisei para me deixares ir naquele instante.
Não permitiste. E agora? Agora que faço para me desprender do teu sorriso? Do teu beijo? Desse toque que me fez ficar...que faço?
A maneira como dizes as coisas, como ris e me fazes rir, a maneira como me mexes no cabelo e o despenteias...a tua voz quando me beija e me revela sentimentos, os teus olhos quando pousam nos meus, o teu colo quando chama por mim...tudo, fascina-me. Tanto que tenho medo.


Mas porque é que não me largaste a mão?

sexta-feira, 12 de maio de 2006

Um mês. Cheio de ti.


É perfeito o sorriso que me desenhas nos lábios.

É perfeito quando vamos lado a lado, e me abraças de repente.

É perfeito quando me olhas.

É perfeito quando entrelaçamos os dedos.

É perfeito quando me acaricias o cabelo.

É perfeito quando me espalhas beijos pelo rosto.

É perfeito quando vindo do nada me sussurras 'gosto de ti'.


"Simplesmente gostei de ti, aconteceu. E foi perfeito."

domingo, 7 de maio de 2006

Manhã de domingo.

Mais um domingo que começa.
Confesso que não foi fácil, os lençóis abraçavam-me, um abraço tão apertado que me senti incapaz. O telemóvel gritou-me aos ouvidos, a hora que me tinha estipulado tinha chegado. Lentamente abri os olhos, ainda com restos de sonho, e a luz dolorosamente beijou-me o rosto.
Suspirei, e senti. Senti o aperto no peito, a angústia que me pintava a alma, senti que ele estava ali. Doeu. Aninhei-me, embalei-me, e não deu para evitar. As lágrimas sucederam-se umas às outras, o medo gelou-me por dentro, o pensamento focou-se nele.
Chorei, chorei mais uma vez por ele.
Enquanto me perco nestas gotas salgadas, coisas viajam na mente, memórias tocam-me o corpo e receios fazem-me encolher, tornando-me pequena e insegura.
Tento acreditar que é só mais um momento de fraqueza, como tantos outros que já tive, mas não posso fugir da pergunta ‘será que a sombra dele não me vai abandonar nunca?’.
Penso no meu presente. Ele não merece este meu medo do passado. Desenho um sorriso, ainda que à força, nos meus lábios e com as costas das mãos seco as lágrimas.
Num gesto rápido, ergo-me da cama. Vou para o banho, lavar-me de memórias, e encher-me de esperança para o futuro.
Futuro esse, que já me disse 'acordei feliz por saber que vou ter contigo'.

Deixa-me de uma vez. Se escolheste assim, deixa-me por favor.
Quero ser feliz.

quinta-feira, 4 de maio de 2006


Porque me encontro em ti.