Foste-te embora e não me ensinaste a viver sem ti.
Não me deixaste manual de instruções(...).
Nada que me dissesse para onde me virar nem o que fazer a seguir, (...).
Um folheto explicativo, ao menos;
uma tradução manhosa do original em chinês,
com o género trocado e palavras inventadas, corruptelas ou derivadas.
Nem um recado, sequer, na porta do frigorífico, faz assim ou faz assado,
ou um post it na secretária, no ecrã do computador,
que sumariamente me explicasse
os modos de encher os espaços vazios com esta sumaúma triste.
Não me deste perspectivas de regresso nem qualquer tipo de garantia,
experimente e em quinze venha cá carimbar;
não me mostraste as precauções a tomar ou a profilaxia a fazer nem,
muito menos, os perigos que corro com
a sobredosagem da tua ausência na minha corrente sanguínea.
Foste-te embora e eu.
Às voltas com as dificuldades de montagem da tua falta
nos meus ocos recantos,
sem saber como me encaixar no vácuo que provocaste.
Eu, solta e desconjuntada, mil peças de pinho sueco espalhadas pelo chão da sala.
Não me deixaste manual de instruções(...).
Nada que me dissesse para onde me virar nem o que fazer a seguir, (...).
Um folheto explicativo, ao menos;
uma tradução manhosa do original em chinês,
com o género trocado e palavras inventadas, corruptelas ou derivadas.
Nem um recado, sequer, na porta do frigorífico, faz assim ou faz assado,
ou um post it na secretária, no ecrã do computador,
que sumariamente me explicasse
os modos de encher os espaços vazios com esta sumaúma triste.
Não me deste perspectivas de regresso nem qualquer tipo de garantia,
experimente e em quinze venha cá carimbar;
não me mostraste as precauções a tomar ou a profilaxia a fazer nem,
muito menos, os perigos que corro com
a sobredosagem da tua ausência na minha corrente sanguínea.
Foste-te embora e eu.
Às voltas com as dificuldades de montagem da tua falta
nos meus ocos recantos,
sem saber como me encaixar no vácuo que provocaste.
Eu, solta e desconjuntada, mil peças de pinho sueco espalhadas pelo chão da sala.