Perdida num som que invade este meu espaço de quatro paredes, tento concentrar-me para escrever sobre ‘eles’. Na realidade é muito complicado digitar umas palavras que os descrevam, que os desenhem tal como eles são, que os elogiem. E porquê? Porque ‘eles’ são à maneira deles, únicos.
Dou voltas e mais voltas na minha cadeira, suspiro, riu-me ao lembrar um pouquinho deles mas as palavras mesmo assim não se querem entregar a este pedaço de texto.
Antes de conseguir falar sobre ‘eles’, vou relembrar a nossa união.
Num dia muito frio, num dia que já cheirava a Natal, num dia como todos os outros dirigi-me à minha aula de alemão.
Aqueles rostos que estavam a meu lado, já conhecia, já tinha convivido os primeiros meses do primeiro período com eles mas mesmo assim não tinha nenhuma ligação com eles.
Mas naquele dia tão frio, tão igual aos outros, veio-se a descobrir completamente diferente. A ‘monstra, vaca e estúpida’ da professora de Alemão, Fernanda Ramos, decidiu (e que bela decisão...) ensinar-nos algumas músicas de Natal em Alemão.
Quem diria? Quem diria que no meio daquelas vozes desafinadas, daqueles risos molhados em lágrimas, se iria descobrir uma amizade tão especial?
Conquistámo-nos uns aos outros, com risos, gargalhadas, lágrimas do excesso de rir. Descobrimos a amizade que hoje em dia é qualquer coisa de espectacular!
‘Eles’ são tudo de bom que se possa imaginar. Neles eu encontro o meu porto seguro, neles eu encontro a paz que me dá força para os momentos menos bons.
Gosto deles como se fossem meus irmãos, gosto deles com as qualidades e com os defeitos, com as alegrias e as tristezas, com os risos e as lágrimas, gosto deles porque... sim.
‘Eles’ dão-me força, dão-me o ombro quando preciso para chorar, ‘eles’ dão o riso deles para me alegrar, ‘eles’ são tudo.
Sem comentários:
Enviar um comentário