Desaprendi a expressar-me pelas letras. Mas invadiu-me uma súbita vontade de expulsar o que me enche os braços da alma para o mundo... Só me apetece escrever desvaneios, coisas sem nexo nenhum, mas ainda assim escrever!
Pessoas. Pessoas que me preenchem os dias compridos, que me adoçam o estar, que são o meu sorriso estupidamente cheio de cor berrantes. Tão berrantes que se desencontram, que na verdade nem combinam, mas que me pintam o sorriso na perfeição. Perfeição! Palavra simples imunda de complexos, aliás, palavra quase irreal de tão absurda e verdadeira que é. Perfeição. Existe ou não? Pergunta estranhamente dificil de responder. É relativo, cada ser-humano tem o seu ideal, a sua definição de perfeição. Eu? Isto conduz-me ao início: pessoa. Sim, eu toco na perfeição quando alguém me olha com o sorriso, me leva a um outro lugar quando me segura a mão, quando apenas está junto a mim. Seja em silêncio, seja no som de uma gargalhada, ou ao som daquela música. [Não, não quero esvrever este meu desvaneio.] Pessoas. Pessoa, alguém, um ser, pessoas. [ele chega de fininho ao meu pensamento e senta-se, doce, deixa-se ficar.]
Eu queria escrever, queria mesmo, mas não consigo que nada me saia como quero. Porque transforma-se tudo no que sou enquanto estou com ele. Só isso. Não tem havido mais nada para além disso...
Pessoa, sorriso berrante, perfeição, momento, riso: Ele.
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