sexta-feira, 13 de novembro de 2009

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'Algum dia eu haveria de entrar na normalidade dos que te amam. Amo-te. E dói escrevê-lo (que é pior, meu amor, do que dizê-lo). Amo-te, absoluta, impossível e fatalmente. E ouço, adolescente, uma música adolescente, para me lembrar de ti, porque lembrar-me de ti é lembrar-me que não consigo esquecer-te. E ouço música porque ouvimos música quando amamos, e tudo, no amor, é música, acústica da alma que se quer ser devorada, e, neste caso, dor (tão deliciosamente insuportável) de amar sem sequência nem expectativa de contrapartida, amar unicamente o puro objecto que desgraçadamente amamos.
(...) E depois, afastamo-nos. Beijo-te a correr, não sei se já reparaste, e quase fujo, porque sair do pé de ti é regressar ao que não és tu, o teu olhar e as tuas mãos, a tua alma e a tua voz, e isso, meu amor, transformou-se no insuportável intervalo entre dois encontros.
Eu penso em ti, ainda mais do que te digo, e tu estás em tudo, mesmo quando não te penso, tu és a grande razão, o horizonte sem nome que constantemente se desenha na minha imaginação de mim.'
'Amor',
António Mega Ferreira

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Hoje


Hoje mergulhei em canções que ouvia quando tinha quinze anos
Hoje vi fotografias de pessoas que me foram muito
Hoje apreciei aqueles sorrisos que guardo em mim
Hoje ri ao relembrá-los
Hoje senti falta daquela felicidade que me transmitiam
Hoje quis fazê-los rir como fiz tantas vezes
Hoje tive vontade de saber deles
Hoje senti saudades da voz da Libânia
Hoje apeteceu-me voltar ao nosso cantinho
Hoje gostava de ter acordado para apanhar o 6 ao encontro deles
Hoje senti a tristeza por estarmos longe
Hoje entendo que eles foram peças raras da minha vida
Hoje sei o quanto significaram para mim
Hoje tenho-os comigo em pensamento
Hoje... Hoje quero escrever que nunca os vou esquecer!
Libânia. Rita. Ágata. João. Kanoxa. Joana.


segunda-feira, 1 de junho de 2009

Sonho VI

O que menos te gosto é quando me habituas a algo e logo em seguida deixas-me sem.
E sinto-te longe e isso mói o meu pensamento mais refundido. Estagno no vazio, e vou voando para um sítio que me é estranho e distante onde estás só tu. Tu e aquelas coisas em ti que não suporto, que magoam. Coisas.
Podias, devias até, ter mais em atenção aquilo que andas a fazer desfazendo. Entendes?
Não gosto. Traços teus que preferia, desejava mesmo, não ter conhecimento deles. Coisas. Tu não sabes, mas tens-me feito estar lá em cima no topo, para depois me empurrares cá para baixo. Onde estou agora a escrever estas palavras.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Um dia faço-o.


quarta-feira, 1 de abril de 2009

Já não está em questão se tu queres, ou se eu quero, ou até se ambos queremos. Isso já nem me diz muito, porque acho que sei de cor a resposta.
Mas não nos é permitido prosseguir com esta história imunda de carinho e prazer. O meu corpo aceita, quer-te seja de que jeito ou maneira for, pois, o meu corpo não exige mais do que lhe tem sido dado! Mas o coraçãozinho da alma? Esse está encolhido, porque te chora, porque lhe tem apetecido dar-te a mão e não largar mais... Entendes? E como a consciência me pesa por andá-lo a fazer sofrer, tenho de nos interromper, pôr o ponto final. Vá, que seja, reticências. Ajudas-me?

sábado, 14 de março de 2009

Sonho V

Ontem apesar de teres ido embora sem aquele beijo tão nosso de despedida, o teu olhar, esse deu-me muito mais! Entregou-me uma chave que me deu entrada num mundo tão teu, tão protegido por ti.
Ontem apesar de ter ficado triste pela ausência do toque, a tua voz fez-me saber que queres tanto como eu.
Ontem apesar de eu me mostrar indiferente, não, não sou. Preocupo-me, penso-te e sempre mais, és-me tudo o que eu sempre quis.
Ontem apesar dos apesares eu montei algumas peças do 'nosso' puzzle. Sim, fiquei de sorriso colado no rosto com o resultado.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Sonho IV

Há quatrocentos e trinta quatro dias atrás, numa noite de alegrias e de excessos, cruzámo-nos. Consigo ainda tocar nesse momento como se tivesse sido à instantes, fecho os olhos e regresso àquele espaço em que falavas e alguém te ouvia atentamente enquanto eu me perdia no sorriso que rasgavas nos lábios. Havia ali qualquer coisa que eu sabia que me iria prender, mas admito, ignorei.
Até que com o tempo, observava-te e interiormente contorcia-me, o estômago do coração chegava a doer e quando estavas perto atingia sempre a sensação de bem-estar.
Tinha [e ainda tenho] a noção real do que aquele acumular de 'momentos-risos-olhares-toques fugídios-conversas' representava. Era um erro, ainda hoje o é, o meu mais grave erro. O mais saboroso. O mais perigoso. O mais apetecível.
Se no amanhecer das coisas eu me encontrava fascinada, com o entardecer delas fui compreendendo como jogar com os sentimentos proíbidos, ir a tempo de os travar e apenas viver o presente (quando o tínhamos).
Houveram desvios ao longo destes dias todos que te sei, outros caminhos em que acreditei que te ia deixar para trás. Pelo menos, abandonar o teu beijo, o teu toque, a tua voz a sussurrar-me as saudades.
Mas no fim dessa caminhada falhada, reencontrei-te. Abraçaste-me e não te larguei mais. E por agora não quero.

Não fui, não estou apaixonada por ti. Não me permito a tal. E não, não estou mas sou completamente apaixonada por cada pedaço de dia ou noite que passo contigo. Perceba-se a diferença. Porque é essa que me equilibra neste nosso mundo que construímos os dois. Neste nosso Sonho. Sei que quando menos esperar vou acordar e ver-me sem este nós que mesmo sendo clandestino me faz tão feliz.

O que mais valorizo e respeito é a nossa amizade, a maneira como nos entrelaçamos, como nos damos.

Sonho. Um dia acordei mas continuei a sonhar pelo dia a fora, ainda hoje sonho. Mas um dia termina, eu sei que sim.
Mas... Gosto de ti e irei sempre mas sempre gostar.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

O Sol

Dias de sol.
Quando caminho naquela estrada de todos os dias, o brilho do sol incomoda-me deliciosamente os olhos e o calor beija-me o rosto. Invade-me então uma vontade esmagadora de sorrir sem aparente razão. E porque me sinto cheia de sensações agradáveis. E porque o peito aperta-me mas sabe-me bem.

Sim, tenho sonhado muito. Aquele sonho que me leva para longe. O tal que me preenche como nunca ninguém preencheu. Sim, esse que me torna aventureira [só por ti fiz e voltaria a fazer tal coisa] . Pois, o que me faz rir e com o qual faço lutas de amores e carinhos sem fim.

Sim, tenho as pessoas certas à minha volta, com quem tenho feito aqueles planos.
Novas amizades, as velhas mas mais doces novamente junto a mim [gosto tanto de ti e vou ajudar-te a ultrapassar a tua dor PEDRO, eu prometo] .

Acho que estes dias com cheirinho a Primavera são o meu melhor momento. O meu estado de Espírito sorri-se todo, cultivei paz dentro de mim, tenho respirado e sobrevivido muito melhor...
Quando os dias cinzentos e chuvosos regressarem [porque sei que eles voltam] logo se vê!

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Sempre o meu Sonho

O conforto do teu abraço,
o teu cheiro que me enfeitiça,
a tua respiração a sussurrar-me ao ouvido,
a tua voz que me alimenta e dá forças,
o teu beijo que me faz arrepiar,
os teus olhos que me iluminam,
Tu minha melhor imperfeição perfeita!

Meu Sonho. Só me sinto te sonhando. Gosto de Ti .

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Meu Momento.

Hoje permito-me reflectir:
Ao som de uma melodia que me faz encolher o coração, limito-me a pensar-me, a entender-me, a desmembrar todo o meu pensamento, para chegar a uma conclusão.
E eu sei...
Estou perdida, não me encontro em nada do que tenho sido, nem sequer me tenho sentido. Corroeram-me os sentidos. Levaram-me a razão, esfaquearam a minha essência, roubaram-me a alegria de ser. Apenas ser. E não, não foi apenas um alguém que me desapontou e me tirou tudo. Não. Esta constante na minha vida, em ser engolida pela tristeza, acompanha-me desde há muito. Sim, são pessoas que eu amava e que me eram tudo. Sim, foi um amor que falhou. Sim, é a vontade de chorar até me sentir sem ar. Sim, é e sempre será o vício dele que me consome. Sim, é todo um conjunto de espinhos que se cravam em mim até fazer sangue, até ser ferida, para ficar cicatriz.
Não me reencontro, mas a verdade é que nem tenho tentado me procurar. Porque essa busca pelo meu "Eu" magoa-me e sendo esse um caminho obscuro, refundido, acho que acabaria por me perder ainda mais...
Penso... Preciso de me desmontar peça a peça, para quando me sentir preparada, reconstruir-me talvez de maneira a voltar a ser quem fui um dia: Apaixonada pela vida. (neste momento acreditar que isto será possível soa-me a ridiculo, quase estúpido.)
Enquanto andar nesta luta por mim, sei o que tenho de fazer. Afastar-me de pessoas maravilhosas que se me atravessam no caminho (porque de alguma forma lhes faço mal e sem querer), aprender a estar sozinha, a conviver com as minhas carências e ao mesmo tempo ignorá-las.

Apesar de me sentir como se estivesse a cair num poço sem fundo, não desprezo quem me segura a mão, quem me faz sentir bem, quem me ampara as quedas, quem me seca as lágrimas.

Despeço-me... Há alturas da vida em que temos de saber dizer adeus, para um dia mais tarde voltar. Espero que quando o fizer seja com o meu verdadeiro Eu.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Frio

"A chuva bate-me à janela, o vento assobia à minha porta e o frio aguarda que o deixe entrar. Parece óbvio que tal não se irá suceder. Não porque eu esteja à procura de calor nem porque já o tenha encontrado. Mas sim porque o frio que hoje sinto não se encontra realmente lá fora… Está cá dentro…bem cá dentro…"
[Só porque é exactamente assim que me tenho sentido, esteja sol ou chuva, em todas as horas mortas que me preenchem o dia, a todo o instante que se adivinha sempre amargo. Frio. Muito frio mesmo quando o corpo está a sufocar de calor.]

Essa Tal Liberdade


O que é que eu vou fazer com essa tal liberdade Se estou na solidão pensando em você Eu nunca imaginei sentir tanta saudade Meu coração não sabe como te esquecer Eu andei errado, eu pisei na bola Troquei quem mais amava por uma ilusão Mas a gente aprende, a vida é uma escola Não é assim que acaba uma grande paixão
Quero te abraçar, quero te beijar (Eu quero)
Te desejo noite e dia
Quero me prender todo em você
Você é tudo o que eu queria
O que é que eu vou fazer com esse fim de tarde Prá onde quer que eu olhe lembro de você Não sei se fico aqui ou mudo de cidade Sinceramente amor, não sei o que fazer Eu andei errado, eu pisei na bola Achei que era melhor tocar outra canção Mas a gente aprende, a vida é uma escola Eu troco a liberdade pelo teu perdão
Quero te abraçar, quero te beijar (Eu quero)
Te desejo noite e dia
Quero me prender todo em você
Você é tudo o que eu queria


Só Pra Contrariar


sábado, 17 de janeiro de 2009

Um Erro

Adivinhas só o que provocaste no meu mundo? Queres tentar? Mas não, não consegues saber, não chegas lá perto, nem cógecas lhe fazes sequer.
A resposta é-me tão dolorosa, lentamente mata-me a razão, espanca-me o juízo, destrói-me por dentro.
Quase que à força dos teus gestos dedicados, das palavras suaves tão viciantes, aquele beijo que me colou a ti... à força de tudo isso e muito mais obriguei-me a acreditar em ti. No sentimento. Num futuro em que estávamos simétricamente perfeitos um para o outro.
Que ingénua fui. Descubro agora que se tratava apenas de uma ilusão, uma ilusão só minha. Nada de nada foi real, chego a perceber que te era uma brincadeira de "miúdos".
Vejo-me à sombra de lembranças longínquas, abandonada ao sofrimento que a tua falta me faz, quase que sem conseguir respirar. Apenas eu e as lágrimas que teimam em me comer o rosto... Estas e as tuas que um dia me deste em pranto dizendo que me querias. No fim de contas, só me resta isso. Memórias.
Odeio-te. Deixaste-me sem ar, sem forças para enfrentar novos conflitos, deixaste-me sem a capacidade de apenas querer Acreditar seja no que for.
Adeus...