Perdoei-te tudo ou quase tudo. Perdoei-te os beijos que deixaste de dar, perdoei a falta que o teu sorriso me faz, a tua ausência, perdoei as horas mortas que te penso, os suspiros que me anunciam a carência de ti, perdoei a escolha que fizeste naquele momento em que estávamos a descobrir-nos por completo. Perdoei. Doeu. Arrancou-me um quarto da alma, roeu-me metade do coração...ainda assim perdoei. Mas (terrível mas...) não te desculpo injustiças. Não vou desculpar o quanto me magoaste ao pensares que podias tirar a razão que é minha por direito! Não te desculpo as insónias em que não me encontro bem de maneira nenhuma, as lágrimas que vertem até a cabeça gritar de dor, não te desculpo a arrogância de não saber pedir desculpa. Por isso deixo-te por aqui. Faltam-me as forças para te continuar a carregar às costas do meu sofrimento. O fôlego, esse já o perdi há muito, mas chega de todo um esforço desnecessário. Moldo-te então como um-erro-tão-disparatado e quero apenas e só esquecer de vez que um dia fomos qualquer coisa. "É quando já não esperamos nada das pessoas que elas morrem no nosso coração."
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