Fecho os olhos...
Sinto o calor do teu corpo a aproximar-se de mim, sinto o meu peito apertado de alegria. Um sorriso rasga os meus lábios e suspiro. Suavemente pegas na minha mão. Sinto o teu toque, sinto vontade de rir. Estou feliz. Lentamente, dás um carinhoso beijo na minha mão e entrelaças os teus dedos nos meus. Nos teus lábios desenha-se um sorriso aberto, um sorriso delicioso que morre na minha boca num doce beijo.
Afastas-te um pouco de mim e sorris-me novamente, olhas-me nos olhos e depois lanças uma gargalhada feliz. Sinto vontade de gritar ao mundo tudo o que sinto... e tu, adivinhando os meus pensamentos, gritas «estou feliz, sinto que é contigo que vai ser, sinto que te quero... gosto de ti»... uma pontada de felicidade magoa-me o estômago, mas é uma dor alegre, uma dor saborosa porque neste momento sei que vou ser feliz do teu lado. Beijamo-nos. Uma, duas, três vezes. Pegas em mim e rodopias, e depois abraças-me num pedido de nunca te deixar ao qual eu respondo que não, nunca te vou deixar. Voltas a dar-me um beijo, um beijo perfeito, um beijo sem pressa pedindo-me o sempre. Eu riu-me. Riu-me de estar tão apaixonada por ti... «Quero ser teu, aceitas?», perguntas. Não digo nada, apenas faço sinal com a cabeça, um sinal positivo. Sim. Sim. Sim, aceito. Mais um beijo.
Colocas o teu braço em cima dos meus ombros, puxas a minha mão para abraçar a tua cintura, e lado a lado, começamos a caminhar... beijas-me o cabelo, e dizes num sussurro «adoro-te», e continuamos a andar naquela longa caminhada juntos. É a caminhada da nossa vida um ao lado do outro.
Abro os olhos...
Espreguiço-me, levanto-me, e sento-me na cama... um sorriso invade os meus lábios, um sorriso triste, um sorriso vazio, mergulhado em lágrimas. Suspiro. Seco as lágrimas com a ponta dos meus dedos, e volto a deitar-me. Abraço-me à minha almofada.
Foi tudo um sonho, apenas um sonho.
Porque a ti, a ti que tanto quero, só em sonhos posso te ter.