sexta-feira, 21 de outubro de 2005
Abismo.
Eu sinto-me assim...
Sinto-me à beira de um abismo. Sinto o vento, sinto-o a gritar as minhas mágoas, sinto-o a tentar empurrar-me, a empurrar-me para o nada, para o fim...
Sinto os meus braços erguerem-se para te agarrarem num abraço, ao qual tu escapas. Estás a ir-te embora e aquela vontade de me atirar invade o meu ser com mais força. Sinto as lágrimas a molharem-me o rosto, sinto o medo a percorrer-me o corpo, sinto-me fraca. Sinto-me sem ti. Ouço o rebentar das ondas, elas chamam pelo meu nome, elas gritam pelo meu corpo. "Atira-te, vem, vem até nós", berram elas.
Fecho os olhos... para quê prolongar esta dor dentro de mim? Pergunto-me eu... para quê?
Habituei-me a ti de tal maneira, que me prendi. Agarrei-me a ti. E agora... não me consigo libertar. Hoje tive essa certeza. Não sei viver sem ti... Não sei. E não suporto a ideia de todos os dias, a todos os segundos, o meu amor por ti crescer. Não mereces. Estou magoada, estou sem reacção a nada, nem a ti. Estou à beira de um abismo.
Não sei viver sem ti...
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