quinta-feira, 13 de outubro de 2005

«A vida sem ti»

«Escrevo-te porque creio que há maneiras melhores e mais humanas de terminar uma relação do que aquela como terminámos a nossa, e julgo que ambos precisamos encerrar definitivamente este capítulo. (...) embora eu gostasse de te recordar de outro modo, não consigo (...).
A maneira como saíste da minha vida fez-me, e ainda me faz, sentir terrivelmente magoado. Não vejo justificação alguma para teres fugido (...). Não compreendo como é que o teu amor por mim pôde desaparecer no espaço de dias, quando tu própria tinhas expressado a esperança de que a nossa relação pudesse ser resgatada (...).
Prometeste não me abandonar.
(...)
Eu já tinha aceitado, a ideia de tu teres ‘partido’ para sempre, mas ainda assim queria terminar contigo de uma maneira que reflectisse a ternura que sentimos um pelo o outro durante quase dois anos.
(...) Pensei, e penso, que não se trata assim as pessoas que um dia amámos. Não se trata assim os amigos.
Já passou algum tempo e continuo sem saber verdadeiramente por que é que me deixaste.
(...) sem compreender que o meu amor por ti era a coisa mais certa da minha vida e que, a seu tempo, eu queria canalizar os nossos recursos e fazer teu o que era meu (...). Tu nunca fizeste tenção de retribuir.
Não sei onde estás. Já não sei quem és. Mas continuo de luto pelo que tivemos, ou achei que tivemos. (...)
Agradecia que pelo menos, me contasses a verdade, como só tu a sabes, do porquê de me teres deixado.»

Excerto do livro “A vida sem ti”

Isto era tudo, o que eu gostaria de um dia te dizer.

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