sábado, 22 de outubro de 2005

Casa

Era tudo quando ela me dizia,
“Benvindo a casa”, numa voz bem calma
Acabado de entrar, pensava como reconfortava a alma
nunca tão poucas palavras tiveram tanto significado
e de repente era assim, do nada, um ser iluminado -
e tudo fazia sentido, respirar fazia sentido,
andar fazia sentido, todo o pequeno pormenor em pensamento perdido
era isto que realmente importava,
não qualquer outro tipo de gratificação
Não o quanto se ganha,
não o bem que dizem de nós não
um novo carro, não uma boa poupança,
nem sequer a família, ou a tal aliança - nada…
Apenas duas palavras, um artigo,
formavam a resposta universal
A minha pedra filosofal
Seguia para dentro do nosso pequeno universo
Um pouco disperso - pronto a ser submerso
Naquele mar de temperatura amena que a minha pequena
abria para mim sempre tranquila e serena, ena…
Tento ter a força para levar o que é meu
Sei que às vezes vai também um pouco de nós
Devo concordar que às vezes falta-nos a razão
Mas nego que há razões para nos sentirmos tão sós
Vem fazer de conta eu acredito em ti
Estar contigo é estar com o que julgas melhor
Nunca vamos ter o amor a rir para nós
Quando queremos nós ter um sorriso maior
Bem-vindo a casa dizia quando saia de dentro dela
O bonito paradoxo inventado por uma dama bela
Em dias que o tempo parou, gravou dançou,
não tou capaz de ir atrás, mas vou porque sou trapalhão,
perdi a chave e já nem sei bem o caminho
nestes dias difusos em que ando sozinho
e definho à procura de uma casa nova
do caixão até a cova o percurso é duro em toda a linha,
sempre à prova o calor é um alimento que eu preciso
o amor é apenas um constante aviso
se sabes que eu não vivo dessa forma
tu sabes que eu não sinto dessa forma
Por isso escrevo na esperança que ela
ouça o meu pedido de desculpas de Socorro de abrigo
não consigo ver uma razão para continuar
a viver sem a felicidade do meu lar da minha casa,
doce casa, já ouviram falar?
É o refúgio de uma mulher que deus ousou criar
Com o simples e unico propósito de me abrigar
Não vejo a hora de voltar lá para dentro, faz frio cá fora
Faz tanto frio cá fora que eu já não vejo a hora…

Da Weasel

Porquê, não sei... mas sempre que ouço esta música lembro-me do pessoal maravilhoso com quem convivo todos os dias. Esta música transmite-me os sorrisos, as brincadeiras... faz-me relembrar os nossos momentos. Não tem nada a ver a letra, eu sei... nem a música, mas não sei.
Apenas sei que sempre que ela me delicia os ouvidos lembro-me deles... portanto deixo-a aqui para eles. :)
Adoro-vos (cada vez mais... a todos)*

1 comentário:

Ana disse...

opa protus...e o k eram os dias sem as tuas gargalhadas? sem o teu brilho?
sem as gargalhadas de todos nós pk na verdade um dia passado sem apenas um ja é diferente, já falta pelo menos um sorriso, uma gargalhada né?
enfim o canto é lindo, tu éslinda somos todos lindos e um dia seremos grandes